segunda-feira, 21 de junho de 2010

Patrícios celebram origens pagãs

O Município de Alandroal, no Alentejo, leva a cabo, entre 19 e 27 de Junho, a iniciativa “Por Terras do Endovélico”, tendo por base o importante legado histórico e arqueológico existente no Região, sobre este Deus dos Lusitanos com importante culto na região durante a época romana. Eventos culturais, desportivos e de lazer, como música celta e cinema, palestras sobre a temática e ainda uma mostra gastronómica destacando algumas receitas e ingredientes da época, serão alguns dos atractivos desta iniciativa, à qual se juntam ainda, descontos no alojamento nas unidades hoteleiras aderentes, possibilitando a todos os visitantes pernoitarem neste Concelho “plantado” à beira do Alqueva e assim, desvendarem os ultimos segredos que o Alandroal tem ainda por revelar.
Durante nove dias consecutivos, vai ser possível realizar percursos pedestres de visita aos locais que pretendem mostrar um pouco da rota da antiga peregrinação pré-clássica, acompanhar o trabalho dos arqueólogos que estudam esta divindade, permitindo desta forma apreciar locais de rara beleza paisagística e de relevante interesse histórico como são a Rocha da Mina e o Santuário de São Miguel da Mota.
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Já foi um dos grandes santuários da Ibéria, antes até da era cristã. A câmara quer agora lançar uma marca em torno do Endovélico e recriar épocas milenares através de um miradouro virtual.
"Por Terras do Endovélico" é o programa turístico que a câmara do Alandroal, no Alentejo, vai lançar de 19 a 27 de Junho. Tendo como temática o legado histórico da região em torno do Endovélico, deus celebrado pelos povos que passaram na região antes da era cristã, este programa inclui desde mostras gastronómicas com receitas da época, música, cinema, eventos culturais e desportivos até percursos pedestres pelas rotas da antiga peregrinação.
"O culto do Endovélico é provavelmente o nosso maior factor de diferenciação, o que nos pode distinguir de outras regiões. O Alandroal era a Fátima do período romano em toda a Península Ibérica. Mostrar as terras do Endovélico é um excelente pretexto para chamar turistas cá", salienta João Grilo, presidente da Câmara do Alandroal.
O novo Plano de Desenvolvimento Turístico que está a ser finalizado pela câmara do Alandroal já assenta nesta tónica. "Acreditamos que o ex-libris do turismo no concelho seja o culto endovélico, que já teve no monte de São Miguel da Mota um santuário importantíssimo, mas de que hoje não há vestígios", refere o autarca.
Criar um miradouro virtual em São Miguel da Mota é um dos projectos do presidente da câmara do Alandroal, que neste sentido está a desenvolver contactos com a YDreams, entre outras empresas tecnológicas. "O santuário desapareceu, e não fazia sentido uma reconstituição física no local. A comunidade científica é avessa a isso, e nós partilhamos essa posição", adianta João Grilo.
Reconstituição virtual?
"O facto do local não ter qualquer vestígio do culto endovélico podia ser uma frustração para os visitantes. Mas existem soluções tecnológicas que permitem a reconstituição virtual das várias épocas, desde a ocupação pré-romana, sem que o território fique marcado por uma intervenção", frisa ainda o presidente da câmara do Alandroal.
Um miradouro virtual é a solução "que se afigura mais lógica em respeito pelo visitante e no nosso próprio interesse, que é o de transformar um legado histórico num produto turístico". O sistema assenta num visor a instalar no local, com a reconstituição das diferentes épocas a sobrepor-se à imagem real. Construir em São Miguel da Mota um Centro Interpretativo dedicado ao Endovélico é outro projecto acarinhado pela câmara do Alandroal.
João Grilo quer ainda criar uma casa-museu no Alandroal, para mostrar a riqueza dos achados arqueológicos que têm sido postos a descoberto na região em torno do deus Endovélico, e que datam desde o séc. I. E defende que este museu deverá funcionar em estreita ligação com o miradouro virtual, que gostaria de ver no terreno já em 2011.
"Os turistas poderão depois visitar os locais de culto através de percursos pedestres ou estudar o campo arqueológico onde estão a ser feitos os achados", propõe o autarca.
Fonte: Gladius

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