quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Letões pagãos nos EUA

Desenvolve-se a olhos vistos o Neo-Paganismo letão em terras norte-americanas, nomeadamente nos EUA e no Canadá.
Livre da opressão soviética, a Igreja Luterana da Letónia fortaleceu-se na diáspora letã na América do Norte, inclusivamente porque serviu como laço de ligação entre os letões estabelecidos nessa parte do globo.
Mas mais cresce ainda, comparativamente, o culto aos antigos Deuses da herança báltica letã, de raiz indo-europeia. Trata-se de uma religião construída a partir de antigas práticas, designada como Dievturiba (que significa «Manter Deus»).
A Dievturiba foi criada com base apenas nas Dainas lituanas, que são cerca de um milhão de canções/poemas de quatro linhas que dão a conhecer a vida antiga e as tradições antigas. As Dainas contém, segundo os devotos, muitas verdades ocultas e muitos ensinamentos sobre os Deuses e a vida, mas não se exige que sejam tomadas literalmente.
Tal como outros movimentos pagãos no Báltico, a Dievturiba foi estabelecida após a primeira independência da Letónia, nos anos vinte do século XX. Após a segunda independência, ou seja, depois da queda da União Soviética, houve um revivalismo do culto, que, de resto, se mantivera clandestinamente ao longo do totalitarismo comunista militantemente ateu.
Actualmente, os crentes da Dievturiba na Letónia são muito activos na realização de encontros, debates e até palestras escolares sobre vários temas da religião.
Os membros mais activos da congregação encontram-se fora da capital - Riga - nomeadamente nas regiões de Jelgava, Ventspils e Valmiera.
Também a Letónia, e os outros países bálticos, têm o seu «Halloween» - a sua festividade pagã mais importante parece ser a Velu Laiks, ou «tempo dos espíritos», situado mais ou menos na altura do fim do Outono e início do Inverno: trata-se da época do ano em que os espíritos andam pela terra, propícia para resolver enigmas, e conduz ao renascimento da luz, que mais tarde marcará o fim de um longo Inverno. É também uma época de festejos e comezainas para celebrar a colheita e os espíritos que abençoaram o Povo ao longo do ano. Na Lituânia e na Estónia, pelo contrário, o Primeiro de Novembro não tem lugar para alegrias, apenas para velar os mortos.
Fonte: Gladius

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